terça-feira, 19 de março de 2013

Sintam o peso do Amapá com a Profetika


Uma banda que representa muito bem o trash metal no Amapá. Os caras entraram em hiato, mas voltaram. Pelo que parece o amor pela musica as vezes fala mais alto. E eles estão fazendo barulho novamente, desde o fim do ano passado. Bom, estou falando da banda Profetika, da qual tive a oportunidade de conversar um pouco com o vocalista Michel Lawrence, e ele me falou um pouco da história em si do grupo e algumas outras coisas.







Rafael: Quando começou a banda

Michel: Começamos em maio de 2008 mas era uma ideia minha e do meu irmão e baterista da banda, Tato, que vinha sendo amadurecida há um ou dois anos antes.


Rafael: Quem são os integrantes da banda e como surgiu o nome Profetika?

Michel:Hoje a profetika possui cinco integrantes: Michel Lawrence (vocal), Tato Silva (bateria), Felippe Keleb (baixo), Jaime Lopes e Júnior Baima (guitarras). O nome da banda costuma ser associado ao White metal, mas essa não é a nossa ideia, na verdade ele expressa nossa vontade de alertar para a destruição que nós mesmos seres humanos estamos levando o lugar em que vivemos devido às guerras, poluição e falta de respeito de um para com os outros, desvalorizando a vida e sua própria existência.

Rafael: E as influencias da Profetika, de modo geral?

Michel: De modo geral nossa influencia é o Thrash Metal, porém cada um tem suas preferências. Talvez isso nos ajude a moldar um som calçado no Thrash, mas que trás uma ou outra vertente aqui e ali, já quando falamos de bandas que nos influenciam as que logo vem à mente são: Slayer, Lamb of God e Pantera.


Rafael: Vejamos que a banda ficou por um tempo sem lançar musicas e, em hiato. Quais dificuldades pesaram?

Michel: É verdade, e todos os integrantes das bandas tem outras ocupações, trabalho, estudo, etc. E como se sabe, viver do Heavy Metal no brasil é algo complicado e se tratando de Amapá mais ainda, por isso não podemos muitas vezes nos dedicar como gostaríamos, além disso tem o fato de tudo que lançamos até agora foi de forma independente e isso significa tirar do próprio bolso. O que custa muito e nem sempre é possível.


Rafael: O que levam de positivo com o que aprenderam?

Michel: Que não podemos esperar nada de ninguém. Se quisermos levar nossa música adiante temos que correr atrás, não dá pra ficar esperando alguém aparecer pra ajudar porque dificilmente irá.


Rafael: Vocês planejam lançar algo novo? CD, EP, SINGLE?

Michel: Os planos são muitos assim como as dificuldades, mas estamos em fase de pré-produção de novas músicas e a ideia como sempre é gravá-las, lançar um EP com cinco faixas e quem sabe um clipe pra mostrar a cara da banda com mais força.


Rafael: Como você analisa o cenário atual do metal brasileiro?

Michel: O cenário é sem dúvida muito promissor, público e bandas já deram mostra de que o metal brasileiro deve e merece ser respeitado. Temos bandas incríveis espalhadas nos quatro cantos do país e um público que comparece aos shows. Mas ainda vivemos na cultura do pagode, axé, carnaval, sertanejo universitário, e recentemente o tecnomelody; explodindo no Brasil. Sem deixar de citar os pops enlatados dos americanos. Claro que todos tem seu espaço e mesmo não gostando temos que respeitar, mas a mídia precisa enxergar que não é só disso que vive a música brasileira e que não basta ligarmos um computador pra sair fazendo música... Temos grandes músicos no metal que merecem ser reconhecidos e que não devem nada para os de fora do país.



Rafael: E as redes sociais para uma banda? Qual a importância delas?

Michel: Hoje as redes sociais exercem um papel fundamental na vida de qualquer banda independente pois é barato e de fácil acesso, com elas fica mais fácil divulgar o trabalho, levar as novidades para quem interessar. Postar nossas músicas e interagir com outras cenas, estabelecer intercâmbios. Enfim, uma grande ferramenta que muitas vezes é pouco explorada pelas bandas, pois exige um mínimo de preparo para que realmente seja eficaz.


Rafael: E a agenda de shows da Profetika?

Michel: Bom, inicialmente temos um show marcado para 4 de maio no Mazagão, mas a agenda pode mudar rápido (risos), (Sic) de repente aparece algum convite e estamos aí (risos).


Rafael: Quais as dicas você pode dar pra galera jovem, que quer fazer música?

Michel: A primeira coisa é fazer bem feito, não importa o tipo de som se é bem elaborado ou não, mesmo que seja simples, procure fazer bem feito... Tomar o cuidado de não tentar fazer algo que vá além das suas limitações. (Sic) Acho que o som da banda evolui e cresce junto com os músicos e isso se adquire com o tempo, a não ser que a banda já inicie com músicos experientes, falo isso em respeito ao público que é exigente e quer ouvir coisas boas. Aqui no Amapá tá cheio de coisas boas, mas claro que também há muita coisa ruim, normal em toda cena.


Rafael: E os planos para o decorrer do ano?

Michel: São muitos, sabemos das enormes dificuldades mas os planos iniciais são de gravar um novo EP e um videoclipe. E depois quem sabe voltar a viajar pra levar nossa música a outros lugares. 


Rafael: Valeu, muito obrigado. Até a próxima!

Michel: Por nada. Eu que agradeço pelo espaço!




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