quinta-feira, 24 de maio de 2012

Mudanças na Banda Bjack

Uma banda em que teve seu início marcado nos anos 2000, gaúcha, e inclusive passou por várias mudanças, em seu nome, nos integrantes e até mesmo no estilo musical. Claro, é normal com várias bandas em nosso rock nacional ocorrer alterações, até mesmo em suas letras, pois o artista evolui, juntamente com o seu fã, isto é, o crescimento do artista é o reflexo da maturidade do seu público especifico.
Tive uma conversa com os caras da BJACK, e abordamos vários assuntos, inclusive uma novidade para muitos que acompanham a banda, que está no caminho certo.





Rafael: Antes de tudo eu agradeço a atenção e gostaria que vocês me falassem um pouco do processo de formação da banda e como surgiu o nome BJACK?

Boto Wesz {vocalista / guitarrista}: A banda foi sendo construída aos poucos, com anos de diferenças e convivências. Passamos por diversas formações sempre deixando amigos e nunca inimigos para trás. O nome foi feito devido a uma união do antigo nome da banda, que era Black Jack e tornou-se BJACK.

Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: Bom, a banda começou como a grande maioria: Reunião de amigos para animar festas, e deu certo. Desde cedo acreditamos que poderíamos fazer a diferença, que poderíamos ser alguém. Quanto ao nome, no início era Black Jack, mas por motivos de força maior (banda registrada com esse nome) tivemos que trocar, e optamos na época por tirar o “lack” e deixar apenas B Jack, tanto que no início era separado, após algum tempo é que juntamos tudo, BJACK.


Rafael: A influência musical de vocês?

Boto Wesz {vocalista / guitarrista}: As minhas influências são diversas. (Sic)Escuto muita coisa para ter uma opinião formada. Mas as bandas que mais me influenciam são: Red Hot Chilli Peppers e Foo Fighters, e aqui no sul são Cidadão Quem e Rosa Tattooada.

Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: (Sic) Sou da velha escola do hard “farofa”: Guns, Skid Row, Van Halen, Warrant, Toto, Mr. Big e alguns outros dos quais me envergonho, porém são minha escola. Mas admiro muito o rock gaúcho, tipo Rosa Tattooada, e também bandas que trouxeram uma nova inspiração ao rock como Foo Fighters, Arctic Monkeys, finado Audioslave...

Denis Brauner {baixista}: Minhas influências vêm de Nirvana, Ramones, AC/DC, Red Hot Chili Peppers, Foo Fighters, Green Day e até Oasis, além claro, de um bom rock gaúcho.

Zé Scheffer {baterista}: (Sic) Sempre ouvi muito rock, seja ele nacional ou internacional. Gostava muito de Raimundos e Nirvana, mas conforme foram passando os anos, passei a escutar Pearl Jam, Radiohead, Paralamas do Sucesso, Angra, etc...


Rafael: A banda existe há 12 anos, quais dificuldades já passaram ao longo da carreira?


Boto Wesz {vocalista / guitarrista}: Todas! Mas estamos sempre passando por dificuldades que nos ensinam a lidar com elas novamente. O mais difícil nós aprendemos: Crescer nas dificuldades!

Zé Scheffer {baterista}: Acho que manter a banda de forma independente durante 12 anos já poderia ser considerada a maior dificuldade. Mas acho que a maior está por vir, que é o projeto que temos de ir pra Porto Alegre e nos mantermos financeiramente através da música no meio de tantas bandas talentosas que existem lá. Sabemos que vai ser uma baita experiência pra todos, pois vamos crescer musicalmente com isso.







Rafael: A banda disponibilizou o download das músicas na internet, o que acham de redes sociais, ajuda o suficiente a uma banda e de que forma ela a ajuda?

Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: Bom, o mundo mudou. Antigamente se gastava muita grana para gravar um disco, e uma grana maior ainda para enviá-lo aos canais de comunicação. A internet veio para facilitar esse envio. Ficou mais fácil aparecer, e não culpo a internet por “banalizar” a música, como muitos artistas enxergam. Acho que quem trabalha da forma correta com ela, e trabalha honestamente com a sua proposta, será visto e encontrado entre milhões de banda. Pelo menos, estamos conseguindo. E seria muito mais difícil para a BJACK atravessar as barreiras se não tivesse a internet. Imagina as vendas que temos pelo Itunes, Amazon e Nokia Music Store sem a ajuda da internet?

Zé Scheffer {baterista}: Ajuda muito quem trabalha de forma correta. Hoje em dia tem milhares de bandas lançando músicas boas e ruins na internet, as ruins somem depois de um tempo e as boas ‘’sobrevivem’’, até ganhar outras formas de mídia. Nós da Bjack só temos a agradecer a internet, pois graças a ela pessoas do mundo todo acessam nossas matérias e escutam nossas músicas. 






Rafael: Analisando a capa do último EP, tive a curiosidade, de saber de quem foi a ideia?


Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: Foi um “mix” entre banda e designer contratado, quando começamos a compor o atual EP, vimos que tínhamos um número parelho de baladas e de músicas pesadas. Porém não estávamos à vontade para gravar as baladas, queríamos sair um pouco do estereótipo do primeiro CD (banda pop/rock com muitas baladas, quase emo), então focamos em trabalhar primeiramente apenas nas músicas que traduzissem o que estávamos sentindo na época da gravação. Acabou que quando percebemos, tínhamos gravado apenas músicas mais pesadas, e nenhuma balada (a faixa “Deixa” consideramos uma semi-balada). 
Quanto a arte do disco, pensamos em fazer algo que remetesse ao mundo mais rocker, então contratamos o designer Jean Michel, da Art Designations, que  já fez trabalhos para diversas bandas e artistas como Edu Falaschi (Angra / Almah), SoulForged, Deliver, além de trabalhos para a gravadora Eternal Hatred Records e também foi destaque na revista Photoshop Creative, e a arte da capa é uma concepção toda dele, apenas orientado pela banda de como queríamos que o público enxergasse a nossa música. E acredito que conseguimos, porque muita gente elogiou o trabalho. Ficou uma BJACK, versão mais madura, séria, ainda mais rock.



Rafael: E sobre o EP lançado, faça uma comparação ao antigo CD que vocês lançaram em 2007, ou seja destaque as principais mudanças ocorridas na banda desde aquele tempo até os dias de hoje?



Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: A meu ver, a principal mudança foi a composição de músicas mais maduras, letras mais consistentes, instrumental melhor produzido. Crescemos muito, entre o primeiro CD e o atual EP, e a estrada de shows, fez com que chegássemos a esse resultado. 
Este EP é verdadeiro, somos, pensamos, e principalmente, tocamos aquilo que está no atual EP, pois  conseguimos pela primeira vez mostrar nossa essência, sem ter medo de rótulos, ou qualquer preconceito. (Sic) Chegamos ao nosso consenso como banda, “todos estão jogando no mesmo time”. Agora é trabalhar para cada vez mais melhorar nosso show e nossas músicas.

 

Denis Brauner {baixista}: Neste Ep, eu destaco o amadurecimento de todos nós como banda e como músicos. Mostra bem nossas raízes, do que queremos que seja nosso som, e como nós gostaríamos de ouvir. Não tem nenhuma modinha e sim o que queremos tocar.






Quais dificuldades enfrentaram na produção do último EP e também no CD lançado em 2007.



Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: No primeiro álbum, em 2007, éramos “virgens” em termos de produção/gravação, então realmente fizemos o que podíamos fazer para que tudo ocorresse bem. Enfrentamos muitas dificulfades com o primeiro, e destaco a “geladeira” de quase 3 anos, que a gravadora da época nos colocou sem podermos divulgar o CD. Já no atual EP, trabalhamos da forma correta, aprendemos com os erros, e tivemos fortes nomes ligados ao rock gaúcho palpitando e aconselhando em como deveríamos trabalhar, para não cometermos os mesmos erros, e nem os erros deles. Foi um grande diferencial o convívio e troca de experiências que tivemos com músicos e produtores renomados na cena rock gaúcha, dessa vez não tivemos dificuldade alguma que impedisse a produção deste atual EP




Existe algo em produção? Videoclipe, CD, Single?



Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: Por enquanto estamos agora focados na mudança de cidade, temos muita coisa para resolver. Já estamos fazendo os shows de despedida de nossa região, mas para futuro próximo, algo pelo fim do ano, acredito que a banda inteira queira gravar um single, a moda antiga, com a sonoridade e vivência adquirida em Porto Alegre.






Deixe um recado para os fãs



Boto Wesz {vocalista / guitarrista}: Queria agradecer as pessoas que fazem valer a pena cada gota de suor, cada noite perdida, cada dia cansativo só para fazer o que a gente mais gosta: Tocar. Fazer cada show ser o MELHOR show de nossa vida! VALEU!!!



Marco Lopez {guitarrista / tecladista}: Muito obrigado por tudo que vocês tem nos proporcionado. Obrigado pela atenção e paciência, e obrigado por lutar junto com a banda. Vocês são nossos heróis.




Denis Brauner {baixista}: Comprem nosso EP, se ainda não tiverem comprado, ali está nossa essência musical. Sempre que subo em um palco penso em nossos fãs. Muito obrigado galera por sempre estarem juntos aonde estivermos. Obrigado!



Zé Scheffer {baterista}: É engraçado a palavra fã, antes não caía a ficha do que realmente significa, mas depois que você começa a fazer shows em outras cidades e ver que tem sempre um pessoal te acompanhando, você vê a real dimensão e importância que tem essa palavra. Só tenho quatro palavras pra dizer a todos: MUITO OBRIGADO POR TUDO!





Muito obrigado ao pessoal da banda pelo contato e parceria com o blog.














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